Setembro amarelo: consciência e cuidado com a saúde mental

Setembro amarelo: consciência e cuidado com a saúde mental

Uma campanha que conscientiza e, a cada ano, abre as portas para o debate sobre um assunto de extrema importância: a saúde mental. O Setembro Amarelo surgiu em 2015 para desmistificar os tabus, estimular a busca por auxílio na prevenção do suicídio e promover orientações sobre o bem-estar emocional.

Os dados confirmam a necessidade da campanha. De acordo com o último levantamento mundial realizado em 2017 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil lidera a prevalência de transtornos de ansiedade. O cenário segue o mesmo, como apresenta a pesquisa de 2023, produzida pela Covitel, que mostra que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade e 12,7% foram diagnosticados com depressão. Além disso, o Global Mind Project mostrou que a saúde mental do brasileiro é uma das piores do mundo após a pandemia.

Os impactos estão em todas as áreas da vida de quem sofre com algum tipo de transtorno, inclusive no trabalho. A Forbes divulgou em reportagem que, no Brasil, os transtornos mentais relacionados ao trabalho são a terceira maior causa de afastamento.

Quais são os sinais de alerta?

Se você convive com alguém que tem algum transtorno mental, é essencial se atentar aos sinais de alerta. Identificar o que pode estar por vir é uma forma de ajudar quem está passando por um período difícil, fazendo diferença entre a vida e a morte.

  • Mudanças de comportamento: evitar amigos e familiares; desinteresse pelo trabalho e por hobbies; insônia ou excesso de sono; uso abusivo de álcool ou drogas.
  • Sentimentos desesperançosos: expressar culpa, vergonha, preocupação com morte, sentir-se um fardo e sem esperança.
  • Mudanças físicas e de humor: falta de cuidado com aparência e higiene básica; perda ou ganho de peso sem razão aparente.
  • Falas ou ações incomuns: se despedir de pessoas queridas; doar pertences pessoais sem explicação; pesquisas sobre meios para cometer suicídio.

Como ajudar?

Nestas situações, ajudar pode ser um desafio, mas é possível e necessário para salvar uma vida. Você pode: 

  • Oferecer seu ombro amigo e ouvir sem julgamentos, demonstrando empatia e validação
  • Incentivar a busca por ajuda profissional
  • Incentivar hábitos saudáveis
  • Explicar que há tratamento
  • Ajudar nas tarefas domésticas 
  • Ser paciente e entender que a recuperação leva tempo
  • Manter contato regular
  • Informar o número do Centro de Valorização da Vida (CVV): 188

Durante o processo, é importante que você também cuide de si para apoiar seu amigo ou familiar da melhor maneira possível e de forma saudável.

Autocuidado é a chave

Em uma rotina corrida e com os altos índices citados acima, se reforça a diferença que o autocuidado pode fazer na vida de cada pessoa.

  • Cuide do seu corpo: tenha uma alimentação balanceada, hidrate-se, pratique exercício físico e durma bem.
  • Cuide das emoções: encontre técnicas de relaxamento, estabeleça um equilíbrio entre a vida pessoal/profissional e cultive relações saudáveis.
  • Busque autoconhecimento: saiba quais são seus limites, aceite-se como é e se possível faça terapia! Os profissionais podem te ajudar nesta jornada.
  • Cultive atividades prazerosas: pinte, dance, cozinhe, pratique hábitos que te dão leveza e prazer.

Cuidar de si é um ato de amor!

O Secohtuh faz parte desta luta. Cuide-se, cuide de quem você ama e conte conosco!